terça-feira, maio 24, 2005

choveu

Tem dias que nada acontece. Ultimamente, vários desses dias tem acontecido, ou não acontecido. Você passa a semana toda meio que administrando o que tem que fazer pra não acabar, ou arrumando coisas pra fazer, ou finalmente fazendo coisas que você tá enrolanco há séculos mas relsolve fazer por falta de opção. É isso que acontece com uma arquiteta home office que se mudou há 8 meses e ainda não tem trabalho o suficiente pra preencher todo o seu tempo.

Claro que tem os afazeres domésticos, tipo, do lar, mas aí não conta. Isso eu tenho que fazer de qualquer jeito, fazer café, por a mesa, tirar a mesa, lavar a louça, arrumar a bagunça, fazer almoço, botar roupa pra lavar, tirar o lixo e por aí vai. A limpeza mais pesada eu não faço, chamo uma faxineira que vem de vez em quando e ela manda ver. E é exatamente esse o meu problema hoje.

Essa semana eu tenho o que fazer. Tenho que aprovar projeto na prefeitura, pegar assinatura de cliente, essas coisas. E tenho médico. E aplicações de enzimas pra perder medidas (chique eu, né?) E tá na hora da faxineira vir, a casa já tá ficando sujinha. E a minha mãe tá chegando de viagem e não vai gostar de ver a casa assim. E hoje choveu. Mas choveu muito, tipo, caiu a ponte lá perto da casa da faxineira e os ônibus não podem passar. E ela ligou e disse que não vem.

Resumo da ópera, não sei por onde eu começo. Uma opção, que era ir a SP buscar a minha mãe com sacolas e tudo, está descartada por causa da chuva. É até mais seguro ela vir de Cometa do que eu pegar a Bandeirantes e ter um ataque de ódio no engarrafamento que deve estar na marginal a uma hora dessas. Mas eu ainda tenho que passar na construtora, pegar o projeto, pegar a assinatura do cliente, ir até a prefeitura dar entrada na birosca, ir ao médico e tomar as injeções. E arrumar a casa. E quando chove tudo parece mais difícil. Saco.