segunda-feira, julho 11, 2005

água doce



O Zé , meu irmão, finalmente veio me visitar em Campinas. Está de férias da faculdade, escapou de uma sexta feira do estágio, e veio passar um fim de semana prolongado por aqui. Bom, é inverno. Não chega a ser o frio de Curitibas, mas ainda assim é frio. Campinas até tem opções de lazer, mas são bem maiores no verão. E nós somos chegados a um encasulamento em casa, exatamente o contrário dele, que sempre tem mil atividades nos fins de semana.

Graças à final da liga mundial de vôlei assistimos muita TV, fomos ao cinema sexta à noite, fomos ao shopping, saímos pra comer fora. E conversamos, ficar em casa e conversar na verdade é o que mais gostamos de fazer. Já fazemos só nos dois, imaginem com um hóspede, é claro que fica mais interessante. Aproveitar a companhia, calor humano e trocas de idéias e convivência são sempre muito bem vindas por aqui.

Sábado á noite, maior frio, já tínhamos acompanhado o vôlei, saído para almoçar, assistido a um dvd, meu irmão não merecia passar o resto da noite lendo ou mergulhado na internet como costumamos fazer. Muitos casacos vestidos, e fomos a uma cachaçaria, perfeito para uma noite fria. Eu já tinha ido a algumas, mas poucas vezes. Gosto de uma cachacinha, não sempre, mas muito de vez em quando acho uma delícia. Adoro o cheiro, fico um tempão sentindo o aroma pra depois dar um golinho. Gosto das mais docinhas, e com teor alcoólico não tão forte. Mas como escolher uma cachaça exatamente como eu gosto num cardápio com umas... 50 opções? Eu definitivamente não conheço nenhuma pelo nome, até posso ter ouvido falar, mas não guardo.

Olhei em volta, pra ver o que o pessoal das outras mesas estava bebendo. Em algumas mesas, de casais, claramente no fase do chaveco, início da relação, tinha o copinho de cachaça na frente do cara (pra tentar impressionar, imagino) e um cocktail na frente da menina. Quando a mesa tinha uma turma, invariavelmente, cerveja. Não entendo porque uma pessoa vai a uma cachaçaria tomar cerveja. Uma não, várias. Tinha um grupinho na mesa ao lado de adolescentes debilóides, todos homens, melhor, moleques, que provavelmente tinham acabado de comprar (ou ganhar) uma câmera digital, e não paravam de tirar fotos uns dos outros, e com muitas e muitas garrafas de cerveja na mesa. Suuuuuuuper divertido.

Bom, mas tínhamos que escolher a cachaça. Os cocktails vinham em 2 copos cada dose, um alto e um baixo (não entendi muito bem porque), então combinei com o Zé que a gente pediria uma só dose de cachaça, pra ele, que eu tomaria um pouquinho, e um desses cocktails que a gente poderia dividir. Se fosse o caso pediríamos mais cachaça depois. O Gato pediu um suco. Deixei o Zé escolher tudo. Escolheu uma nível 4, nem tão vagabunda nem tão cara. Chegaram o copinho de cachaça, um cocktail gigante cor de rosa, uma jarrinha de suco e duas porções de petiscos. Primeiro a cheiradinha na cachaça. Delícia. Depois o golinho. Boa, mas não tão docinha e bem mais forte do que eu gostaria. Tomei mais uns 2 golinhos e deixei pro Zé, e o copinho não era tão pequeno assim. Meu drink era bem mais ou menos, chegamos todos à conclusão que tinha gosto de quick de morango, ninguém mais quiz e sobrou tudo pra mim. E eu matei, firme e forte. Umas duas horas depois, comidos os petiscos, bebidas no fim (acabamos nem pedindo mais cachaças, aguela dose foi forte o suficiente), cansamos do barulho dos debilóides e fomos embora.

Qualquer dia, em outra noite muito fria, eu volto numa cachaçaria. Mas aí eu peço pro graçom me indicar uma que seja exatamente como eu gosto, porque quick de morango com teor alcoólico eu acho que consigo fazer em casa mesmo.
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9 Comments:

At 3:14 PM, Anonymous Anônimo said...

Quick de morango com cachaça, eca!

 
At 4:02 PM, Blogger Vivian Massignan said...

Pecus, não era quick, só parecia. Era à base de abacaxi e cherry licour. Mas parecia quick mesmo. Eca mesmo.

 
At 5:26 PM, Blogger Lia Noronha said...

Vivian:foi divertido o seu fim de semana,apesar do vulgo "quick",aquele do coelhinho?
Beijos e obrigada pelo carinho de hj!

 
At 9:45 AM, Anonymous Anônimo said...

Oi Vi... Eu leio de vez em quando seu blog, apesar de nem sempre fazer comments. Lembra da caçhacaria de Ctba? Era +/- assim?Bjo

 
At 12:47 PM, Blogger Vivian Massignan said...

Lia, seja sempre bem vinda. É o quick do coelhinho mesmo!

Si, a cachaçaria é parecida com aquela, um pouco mais bonitinha. Aqui em Campinas tem umas três. Essa que nós fomos chama Água Doce, é a mesma que tem lá na Mateus Leme em Ctba.

Flávio, quick é uma dessas misturas pra por no leite. Nem sei se ainda existe. Tipo achocolatado, só que essa marca tem sabor morango, que eu pelo menos nunca gostei. Aqui no Brasil passava uma propaganda na TV de um coelhinho rosa cantando "Quick, quick! Faz do leite uma alegria!"

 
At 2:11 PM, Blogger Isis B. said...

Viva:
aqui no Sul temos uma cachaçaria - Água Doce- que fica num dos bairros mais finos de Porto Alegre. Cachaça é "very in" em dias de frio.
Adoro cachaça- tem algumas com sabor, que se compra no interior, para exportação. Tem garrafas que chegam a custar R$ 200,00, envelhecidas em barril de carvalho.
Tão gostosas e chics quanto um bom whiskey...
Oh, sim. Ainda existe Quik de morango. E o gosto continua terrível. :P
Beijos
Clem

 
At 11:54 PM, Blogger Lia Noronha said...

Vi: vc fez falta hj no universo lá no meu dia a dia.
Tenha uma boa noite.
Beijos carinhosos.

 
At 2:11 PM, Blogger Vivian Massignan said...

Clem, não é incrível chegarem a esse preço????? Bom, tem gosto, e bolso, pra tudo, né...

Lia, já passei lá hoje, ontem estive fora, por isso não fui. Mas que bom que vc veio mesmo assim!

 
At 2:05 PM, Blogger Branco Leone said...

Vivinha, querida, dá licença ao especialista. Vou lhe dar duas opções para a sua cachaça-dos-sonhos: Seleta ou Boazinha. São do mesmo fabricante, têm teor alcoólico médio e são perfumadíssimas, por serem envelhecidas em umburana (ou amburana, como queira). Cachaça envelhecida em carvalho é pra impressionar trouxa. O único carvalho que presta pra isso é o verdadeiro, europeu, raro no Brasil. Só a Anísio Santiago (antiga Havana) que é envelhecida assim e, por isso, custa perto de 200 paus a garrafa de 600 ml. Acredito que as duas (Seleta e Boazinha) vão deixá-la contente. Ainda na umburana, você pode tentar uma Botiqueira. É mais rara, apesar de mais barata. E se o negócio é perfume, vá de Lua Cheia ou Salineira (esta, um pouco mais forte). Mas querendo se sentir "à mesa com Branco Leone", peça Caribé, Claudionor ou Providência. E cuidado, porque estas são para iniciados.
E depois me conte. Ao menos a parte que você se lembrar...

 

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