segunda-feira, agosto 15, 2005

tchau Branquinho



Essa semana resolvemos finalmente um assunto que estava nos incomodando há uns 2 meses. A dúvida sobre ficar com um carro ou dois, qual vender, qual comprar.

Depois de muito, muito pensar e ponderar decidimos ficar com um só mesmo, já que raramente precisamos sair ao mesmo tempo (ambos em home office!), e quando isso acontece dá pra administrar. Acabamos vendendo o do Gato e fizemos uma troca do meu, o Branquinho aí da foto, com mais uma grana por um carro usado em bom estado, completo e bem confortável.

Até aí tudo bem, foi um ótimo negócio, resolvemos o assunto. Mas quando foi o dia da troca... Que difícil! Combinamos de passar na loja com todos os documentos no fim da tarde de sexta. Durante o dia saí com ele, fiz várias coisas na rua, me despedi bem, demoradamente, guardando todos os detalhes. Tirei tudo o que tinha no porta luvas, no porta malas, embaixo dos bancos.

Várias vezes eu tinha pensado em como seria bom trocar de carro. Ele era básico, só com um toca fitas, não tinha nem ar quente. Já passei muito calor nele, muito frio no inverno (andava com um cobertorzinho pra por nas pernas!), e quando não tinha som nenhum enfrentei horas e horas de congestionamento em São Paulo, sozinha, em silêncio.

Mas ele foi meu companheiro por 4 anos e meio. Chegou na minha mão zerinho, era só meu, meu primeiro carrinho. Com ele comecei a trabalhar em Curitiba, fui a muitas festas, dei carona a muitas amigas. Com ele me mudei pra São Paulo, procurei emprego, saí sozinha muitas vezes com meu companheiro naquela cidade enorme e maluca. Anônimos, só nós dois. Quando batia a saudade de casa, fui tantas vezes com ele até Curitiba, enfrentando 5, 6 horas de estrada. Valente, o meu uninho. Nunca me deixou na mão.

Quando comecei a namorar o Gato, era ele que me trazia pra cá quase todos os fins de semana. Tinha que negociar uma vaga com o porteiro no prédio pra deixar ele protegido.

Já tava na hora de trocar. Eu estou feliz, sei que a gente não pode se apegar às coisas. Mas deu um aperto no peito na hora de deixar ele pra trás. Até guardei a chave reserva, tá pendurada lá, como sempre, junto com as outras.
Tchau, Branquinho. Faça feliz quem for seu próximo dono, sirva bem a ele como vc serviu tão bem a mim!

Agora vai ser uma nova experiência, uma lição de desapego, dividir o carro, eu que fui tão independente todos esses últimos anos. Vamos ver como nos saímos. Essa fase vai durar pelo menos até o fim do ano, quando pretendemos fazer uma longa viagem.

Ano que vem a gente reavalia o assunto...
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8 Comments:

At 1:56 PM, Anonymous Anônimo said...

Um peso a menos.

 
At 3:07 PM, Anonymous Anônimo said...

sei como é esta sensação. Hoje em dia, orfão de tudo, sei que é uma besteira e passa logo.Pense que ele deve estar sendo bem tratado com sua nova família.

 
At 7:29 PM, Blogger Lia Noronha said...

Vivian:realmente a gente acaba se apegando ao carro...mas depois se apega ao novo e por aí vai!
Vc não tem aparecido no meu Cotidiano...está fazendo muita falta amiga.
Beijos carinhosos e boa semana.

 
At 9:28 PM, Anonymous Anônimo said...

viva, ele com certeza será muito feliz! nasceu e cresceu contigo e foi tão bem tratado. tava na hora do moço se desapegar. boa sorte branquinho!

 
At 10:09 AM, Blogger Isis B. said...

hehe, Viva, para ti ver como somos parecidas: quando vendi o meu primeiro carro, passei o dia com ele, chorando. Era o meu apego.
Mas durou até entrar no outro, estalando de novo.
Vc vai se adaptar. ;)
Beijos
Clementine K.

 
At 11:26 PM, Blogger Lia Noronha said...

Vivian: tudo bem?
Tenho sentido falta de vc no meu Cotidiano.
Beijos carinhosos.

 
At 6:56 PM, Anonymous Anônimo said...

Eu entendo isso tão perfeitamente, sou igualzinha, só que ainda sinto saudades do meu carrinho antigo, mesmo que a Didi (carro novo, eu tbm dou nomes para os carros) seja bem legal...

Beijos

 
At 1:39 PM, Blogger Vivian Massignan said...

Pecus, é isso aí.

Guga, é besteira mesmo, a gente se apega muito.

Lia, eu passo lá, prometo!!!!

Anna, o moço já tá crescido, né? Hora de bater asas.

Flavio, eles são pé de boi mas são bem bonzinhos sim!

Clem, não cheguei a chorar, mas deu um aperto...

Denise, se torna um membro da família.

Cheshire, gostei do nome da Didi!

 

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